Aposento do Professor Lethel Kiriman

A cabeça de Lethel estava em pleno fogo. Para cada lado que olhasse só via borrões, porque sua mente estava infernal. Tentou localizar Victor, seu velho colega de infância e mirar um olhar de vingança, mas nem isso conseguiu. Se ao menos tivesse consciencia de alguma coisa.

De repente, Eagle, ao que parecia a Lethel, viSto que sua mente estava girando, entra na sala e lança um feitiço no professor. A vontade de Lethel era pegar sua varinha e usar um contra-feitiço, mas nem isso ele não tinha forças para fazer.

Lethel caiu no chão e foi acertado em cheio pela magia de Eagle. Ao que ele pode ver, Falcon levantou-se do chão e, obviamente, aquele tapado não se lembrava de nada, ou apenas fingia. Com certeza ele fingia. Lethel podia perceber isso claramente.

Ainda se não bastasse, sua mente foi invadida sem ele nem poder revidar. Ele precisava trancar. Ele sabia que precisava. Mas não dava. Não era possível. Ele teria de depender do seu outro fator, da pequena herança do seu pai.

Mesmoa assim não foi possível e uma lembrança escapou. Por sorte, Victor se assutou tanto com ela que parou com os "lalalas" que não deixavam Lethel reagir.

Mesmo assim, o eco continuava na mente de Lethel e ele não teve forças pra se levantar por um momento. Ficou ali, de joelhos em volta daquelas pessoas que aos poucos começavam a tomar forma.

"Victor, você vai me pagar por essa. Mas por ora, preciso dar um jeito de trancar minha mente. Nunca achei que necessitasse fazer isso. Mas você vai esperar."

Lethel põe a mão no bolso onde está a poção vermelha enquanto pensa isso.

"A minha vingança terá de esperar, pois no momento há algomais importante a fazer."

Lethel havia ficado sozinho, abandonado completamente em sua sala. Não pode deixar de se sentir um pouco solitário, mas pelo menos, não havia mais aquela baderna em sua sala.

Ele não deixou de sentir raiva de todos aqueles convidados indesejados. Cada um tentando humilhá-lo de um jeito imperdoável. E Mina ainda havia o ameaçado.

Era isso? lethel ainda não estava completamente bem, mas já conseguia distinguior bem melhor as pessoas. Um frio passou pela sua espinha ao Mina agarrar a gola de suas vestes com seus dentes afiados a mostra.

"Essa vampira vai me pagar ainda. Mas eu tenho algo mais importante a fazer. Preciso descer ao meu ármario e achar uma poção que acabe com meu poder especial."

Levanta-se e começa a andar pra fora da sala, vendo a quantidade enorme de balões e bagunça pelo seu quarto. Aponta a varinha e diz:

- EPISKEY!

Tudo é limpado em questão de segundos e Lethel sai da sala.

"Eu sentirei falta dele, mas eu não posso mais ser humilhado dessa maneira."

Lethel estava subindo as escadas vindo do armário de poções. Em uma mão, segurava a poção com cor verde musgo.

Ao se aproximar da sala, vê outro visitante na porta. O seu velho colega, o professor Shigure.

- Professor Souma, finalmente chegou? O que estava fazendo para não aparecer no colégio antes?

Lethel empurra a porta e faz um sinal para Shigure entrar, apesar de não querer visitas nessa hora.

Lethel estava tão abalado com tudo que havia passado pela sua mente agora pouco, que nem se perturbou tanto com a presença de apenas um convidado na sala.

- O que você quer, professor Shigure? Eu estou meio ocupado no momento.

Ainda segura a poção na mão enquanto fala isso, pois está realmente ansioso para usá-la.

- Hum.. quer ser meu testador dessa poção?

Lethel realmente precisava de um descanso, mas não queria adimitir isso, especialmente para Shigure.

- Eu não tenho muio tempo pra conversar, preciso mexer com essa poção para dar aulas quando elas começarem.

Esperava realmente que Shigure, que havia chegado hoje, não lembrasse que ele havia deixado as aulas de poções e agora dava aulas de DCAT, ou sua mentira não iria levar a nada.

Lethel apenas espera Shigure fazer seu discurso sobre conversas com a diretora, mas acha estranho quando fala que também esconde segredos.

Quando Shigure finalmente sai, Lethel se dirige a porta que leva ao seu quarto. Ele começa a ouvir umraspar de garras por dentro e, quando abre a porta, uma grande águia careca sai do quarto e começa a sobrevoar a sala.

- Hum.. Voe. Siga Falcon, siga Victor.

A águia sai pela janela e voa pelo céu afora. Letel, então, entra em seu quarto junto com a tal poção verde musgo.

Lethel saiu tempos depois de dentro do seu quarto com a poção dos pensamentos na mão. Ele pensava que agora tudo irria funcionar. Existia alguám na porta. Se tudo desse certo ele não leria a mente dessa pessoa tão naturalmente assim.

Lethel tomou em um só gole a poção, logo um som agudo preencheu o cérebro dele, dando uma vontade de gritar, mas o professor aguenttou fortemente.

Quando o efeito passou, Lethel, ainda com o fraco na mão, girou a maçaneta e encontrou a professora Mina ali esperando.

- Vampira Mina, em que posso ser útil? - fala com riso sarcástico no rosto-

"Se eu não ler os pensamentos agora, tudo estará certo."